Não me julgo um bom poeta.

Não quero ser um bom poeta.
Nem sei se o título de poeta me cairia bem.
Hora do dia escrevo alguma coisa torta,
Que não premedito poema tornar.
Ao cabo deste meu trabalho, poema não sei se posso chamar.
Costumo pensar diferente
Que tudo não passa de papel sujo, impregnado de emoções.
Palavras que caem
Resultado da dissolução da alma translucida,
Do sentimento pardo e do espírito lisonjeiro.
E elas mancham meu branco papel.
Como disse, o impregna e o suja.
Meu papel branco de tinta manchado.
Se não o papel, corroem a tela de meu notebook.
O importante é saber que aquilo por mim foi escrito não exprime o que sou.
O que escrevo, na verdade, sou eu vocabulizado.
Nem censura, sem ponderação, sem palavras cortadas.
Às vezes (muitas vezes) uma total inutilidade,
e ausência lógica.
Souza Rafael
Enviado por Souza Rafael em 22/08/2013
Reeditado em 22/08/2013
Código do texto: T4446730
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