Entre paredes

Entre frias e desconhecidas paredes

Eu conheci o sabor amargo

Do teu corpo junto ao meu

Entre paredes neutras

Aprendi a ser quem eu sou

Entre paredes sujas

Tiro o meu sustento

Entre paredes...

Escrevo o que penso

E penso no que escrevo

Entre paredes mal acabas

Eu descanso os olhos

Entre paredes que andam

Eu escrevi essa poesia

Entre um balanço e outro

Cada uma dessas linhas

Entre paredes escuras

surge a necessidade

de traduzir para o papel

meus sonhos e devaneios

e se não existisse papel

teria que ser nas paredes

Américo Cruz
Enviado por Américo Cruz em 01/09/2013
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