Entre paredes
Entre frias e desconhecidas paredes
Eu conheci o sabor amargo
Do teu corpo junto ao meu
Entre paredes neutras
Aprendi a ser quem eu sou
Entre paredes sujas
Tiro o meu sustento
Entre paredes...
Escrevo o que penso
E penso no que escrevo
Entre paredes mal acabas
Eu descanso os olhos
Entre paredes que andam
Eu escrevi essa poesia
Entre um balanço e outro
Cada uma dessas linhas
Entre paredes escuras
surge a necessidade
de traduzir para o papel
meus sonhos e devaneios
e se não existisse papel
teria que ser nas paredes