Saudade infinita e dolorida

Talvez jamais acabe essa saudade

Que eu não sei de onde vem

Quem sabe é ilusão, não verdade

E porque as lágrimas não se contém?

Talvez eu não seja o que preciso ser

Uma força me abraça, me faz dormir

Mesmo acordado, vivo, eu não posso ver

E a vontade que quase me domina é de sumir

Por vezes ainda me pergunto, quem sou?

Tudo fora do normal, por ser tão normal

E eu não sei aonde eu vou

Com tantos caminhos e essa saudade irreal

Ainda me vejo por aí, tão pequeno

Correndo, descalço, sem noção de perigo

Em cada rostinho sorridente e sereno

Que eu não vejo a tempos no rosto de um amigo

Quais os sonhos que eu tive?

Muitos esqueci, ou morreram

Talvez algum impossível ainda vive

Mas muitos no tempo se perderam

Há se eu pudesse um dia escolher

Escolheria um tempo por mim esquecido

Para viver sem medo e nunca crescer

Porque o agora é saudoso e dolorido

Ed Bento
Enviado por Ed Bento em 01/09/2013
Reeditado em 01/09/2013
Código do texto: T4462144
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