Mistério da noite sangrenta

Doce sangue pútrido de meus entes canibais

Escorre lívido e rubro da minha boca fria

Em seca vertigem cruel agonia

O sangue que nasce das causas fatais.

Na noite que me veste em mais puro cetim

Me encontro envolvido em transe latente

E me invade o frio com força corrente

E eu entro na noite e ela entra em mim.

Eu sinto que sou o que o escuro me traz

Sei o que na noite vive e o que nela jaz

A escuridão que me abala me faz reagir

Na fúria do caos eu me sinto acalmado

Nos braços da sorte vou sendo ninado

E não fujo da morte. Não quero fugir.

Leones Silva
Enviado por Leones Silva em 06/09/2013
Código do texto: T4468971
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