CEGUEIRA
Via o mundo sentada num banco praça
Gente que ali passa...
Que sem graça!
Via o mundo do meu andar
Pontos pequenos, fumaça no ar
O céu eu não via brilhar.
Via o mundo nas telas
Assaltos, discursos e novelas
A vida e suas mazelas.
Via o mundo ruir
Mas parei para assistir...
Hoje vejo a vida daqui...
Sem mesmo os olhos abrir.
Abril, 2007.