CEGUEIRA

Via o mundo sentada num banco praça

Gente que ali passa...

Que sem graça!

Via o mundo do meu andar

Pontos pequenos, fumaça no ar

O céu eu não via brilhar.

Via o mundo nas telas

Assaltos, discursos e novelas

A vida e suas mazelas.

Via o mundo ruir

Mas parei para assistir...

Hoje vejo a vida daqui...

Sem mesmo os olhos abrir.

Abril, 2007.

Carmen Rubira
Enviado por Carmen Rubira em 13/04/2007
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