Borderline?

Hoje carrego uma dor triste

De assombrosa dor

Por tamanha desilusão

Apanhei das minhas próprias convicções

E tenho medo de ser

E, até, de respirar

Tanta ferocidade que jamais esperaria

Talvez, da minha família

Que, por sua vez,

Jamais adotou tamanha rudeza,

Tampouco, crueldade!

E lá se foram as minhas esperanças

Vou me curar, lá pelos lados

Da reconciliação

Aprendendo que, nem sempre,

Os laços de sangue envolvem

Menos amor que os laços de amizade.

E eu só quero que isso passe

E que eu possa logo ser

Merecedora

Da minha terra tão querida

E dos compatriotas que lá deixei...

Presa dentro de mim

Numa concha

Torcendo para que as paredes sejam mais fortes

Do que o pseudo-amor-desinteressado

Que outrora flertara com a minha alma

E que, agora, mostra-se vil e traiçoeiro

Que o meu amor não demore

Pois é o bálsamo.

Ele é o meu bálsamo.

Fernanda Bess
Enviado por Fernanda Bess em 11/09/2013
Código do texto: T4476987
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