Uma Máquina de Fazer Poemas


Sou uma máquina de fazer
Poemas
Com minhas teclas marginais
Negras
Vou datilografando meus mix’s
Ocidentais
 
Um pouco de ioruba
Ali um pouco de tupi
Liberdade afã em catalã
Vou tecendo versos
Insanos lusitanos profanos
Nesta sonolenta manhã
 
Claro que não são belos
Como posso fazê-los
Se na minha frente estão
Olavo Bilac
Castro Alves
Francisco Carvalho
 
Sou apenas uma máquina
Repleta de teclas batidas ressentidas
Carcomidas
E filamentos
Um luminoso computador
Sem sentimentos.
 
 
             Luiz Alfredo - poeta
 
luiefmm
Enviado por luiefmm em 14/09/2013
Código do texto: T4481878
Classificação de conteúdo: seguro