O verde do adeus.

Corria, ao lado, o verde dos campos

na estrada de tantos passares,

de tantos amores, perdido nos ares.

Tonalidades andantes, escuros mais claros,

verde-água , espaços, planícies que ondulam,

que dançam,

as flores que surgem amarelas-douradas,

lilases-prenúncios, vermelhas de sangue.

Escondido nos juncos,

nas poças da chuva caída,

o verde caminho atrás de outros ninhos para um renascer.

Vidas criadas,

ainda enroladas nas rodas estranhas

que a pedra jogada nas entranhas da água formou.

Perdido nas cores todos os verdes,

enfeites de orvalhos nos rumos

do longe, do perto,

partindo desperto , apenas sumindo,

o verde correndo, o tempo fugindo,

que tudo passou...

Ida Satte Alam Senna
Enviado por Ida Satte Alam Senna em 14/04/2007
Código do texto: T449034