O Grande Circular

Numa madrugada qualquer

Ele aparece por lá

No ponto de ônibus

O grande circular.

Na noite,

No dia,

Na madrugada

Cortando a rua,

Lambendo o asfalto

Como navalha.

Navalha essa,

Que corta o véu

O céu,

De uma Fortaleza.

Fortaleza da praia.

Do forró, e do baião.

Mas no meio disso tudo,

Tudo

Se quebra.

E não importa mais o céu de Fortaleza,

Tampouco a praia, ou o baião.

Somente os pensamentos que martelam

A alma e o coração.

A mente,

Mente.

E diz estar tudo bem.

De mentir,

Fingir acreditar.

Acaba por sentir.

Ouvindo o ronco do motor,

Às quatro da manhã

No grande circular.

Marcos Tinguah Vinicius
Enviado por Marcos Tinguah Vinicius em 22/09/2013
Código do texto: T4493679
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