Anti-doutrina
O abscesso da língua
É o engodo do pecado
Adormece e não causa íngua
Mas faz um estrago danado.
Purifica as fantasias
Que vive enganando a mente
Provoca falsas alegrias
Nublando a Iris da lente.
Vive no vento a rodar
Não tem morada e nem destino
Está no prazer de pecar
Nos fetiche masculino.
Parecem doces as palavras
São armadilhas de temer
Não há janelas nem trava
Quem peca só quer prazer.
Tem um álibi muito afinado
Sabe induzir a indecência
É um clone sofisticado
Que apodrece a inteligência.
O pecado é a semente
Com existência no abstrato
Lava a alma viva da gente
Tão imponentes de fato.
Pecar é anti-doutrina
Não tem aval do bem comum
É química da parafina
A ambição em jejum.
Francisco Assis é poeta e Bombeiro militar
Email: assislike1@hotmail.com