Anti-doutrina

O abscesso da língua

É o engodo do pecado

Adormece e não causa íngua

Mas faz um estrago danado.

Purifica as fantasias

Que vive enganando a mente

Provoca falsas alegrias

Nublando a Iris da lente.

Vive no vento a rodar

Não tem morada e nem destino

Está no prazer de pecar

Nos fetiche masculino.

Parecem doces as palavras

São armadilhas de temer

Não há janelas nem trava

Quem peca só quer prazer.

Tem um álibi muito afinado

Sabe induzir a indecência

É um clone sofisticado

Que apodrece a inteligência.

O pecado é a semente

Com existência no abstrato

Lava a alma viva da gente

Tão imponentes de fato.

Pecar é anti-doutrina

Não tem aval do bem comum

É química da parafina

A ambição em jejum.

Francisco Assis é poeta e Bombeiro militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 25/09/2013
Código do texto: T4497265
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