Me ensina, coração.
Dizei-me, ó coração alucinado:
o que a vida tem me reservado
no virar da próxima esquina?
Eu não quero mais aquela sina
de amar quem nunca me amou;
de reviver o que nunca começou;
de tentar alcançar a tal perfeição
que o mundo me cobra. Coração,
me indica aonde a tal felicidade
está escondida. Como a saudade
se encerra aqui dentro de mim.
Quero, urgentemente, dar um fim
a essa vida tão fútil e desgraçada
de ser tão vulgarmente apegada
a coisas e pessoas sem continuidade
dentro da minha realidade...
Coração, só me ensina, por favor,
a esquecer. A voltar a viver o amor.