Eu
Por que será que sou assim
Tenho sérias dúvidas
E minha agonia não tem fim
Será que terei outras vidas?
O que sinto é estranho
É um vazio infindável
Já tentei calcular seu tamanho
Mas isso é improvável
Já tentei mas não consigo
Ser “normal“ como dizem
Mas desde já digo
É a dor que me detém
Me iludo com tudo
Criando coisas em minha mente
Por mais que eu tente nunca mudo
E me resta seguir em frente
Não tenho tantos amigos
Não tenho tanta beleza
Só passo por castigos
E extrema tristeza
O único “tanto” que possuo
É a dor que me assola
E essa poesia concluo
Com minh' alma pedindo esmola.