O Último Ato

Ó desejo! Que trouxeste o devaneio literário

Que o romantismo advém

No fruto ensejo; teu beijo enfeitara as cartas da

...liberdade!

Estar-se-ia o semblante nas páginas do livro

No receio em perder-se entre as pegadas do tempo.

Ó lembrança! Não tarda, lá fora, alastra, o descaso

Tu não compreendeste as marcas refletidas no espelho

Inexoravelmente sentida sem sentido febril.

Externamos o destino em seu compasso

O passo ainda que se tornar-se menor

Flertaria com o ato sublime

E por fim relato.

A tua saliva escorria pelos poemas

Sendo que o teu paladar procurava os provérbios

Junto com os advérbios insensatos.

E ao perceber você se encontrava morta em puros pensamentos

O sangue que fluía em teu corpo

Manchava a flor que nascia em teu rosto

E o ato?

Era o orgasmo das palavras que a mente em tese

Libertou!

(Carlos André)