Mosaico Sertão
Mosaico do tempo cenário, peças distorcidas na fuga,Fuga de faltas d'águas.
Submerso lençóis d'águas, salobres mas conversivas,
Na falta de vontade politica.
Parti nordestino indigesto, indigesto de palma e razão,
Razões perdidas em cifrões.
Segue pela estrada adiante, procura no chão um tostão,
Pequena sorte esperança.
Espera o bucho encher, buchada de bode comer,
Garrafa d'água beber.
Acaba o rumino do gado, o leite da vaca e cabra...
Racha da terra que fala.
Fala aos céus o dissabor, ronco de barriga crianças,
As lágrimas de mãe na panela.
Assim segue a terra do nunca, nunca que enche maletas,
Que embalam sonhos de muitos.
Olham para o céu e suplicam, velas acessas novenas,
De padrinhos Ciços e Aparecidas.
Fé em São Pedro panelas, Pedro dos sertões cidadelas!
Das chaves dos céus amarelas.
Eles criam festas regadas, mas não fazem jorrar o milagre.
Alimentam seus egos glamour, sem importar-se com pobres.
Oh povo humilde que segue com fé e amor no coração.
Trem que não apita novo embarque nesta estação.
Segue fluxo do chico lugar, o chique se faria melhorar,
Sorriso de um povo feliz num novo despertar.
Em tempos difíceis os homens eleitos deveriam arrumar soluções para que o povo desfrutasse dos frutos de sua terra natal com tranquilidade e bem estar vencendo as adversidades contrárias.
Mas a raiz má esta focada nos interesses particulares e individuais, Como o maior exportador de água do mundo pode compactuar com as cenas de mortandade nos sertões brasileiros sem contradizer-se nas soluções?
Existe uma cúpula vampiresca que exploram a ignorância e os fluídos vitais dos mais simples, também sacrificam a vida dos irracionais, até mesmo da vegetação, entendemos os extremos da ganância sórdida a mudança e destruição que ela pode gerar.