Um copo de Cólera
Um copo de cólera
Deixo-me em pedaços
Destruída, partida, reduzida
Por onde vou, estilhaços
Fragmentada em farrapos
Todos os dias...
Todas noites...
Um copo de vodka
Um pouco de cólera
Uma bala.
Uma última morte
Quantas vezes ei de morrer em vida?
Não quero flores,
Não quero vela, nem choro falso
Nem violinos desarmônicos
Nem remorso dos incapazes de amar.
Nem aplausos e palavras de anônimos.
O que eu quero?
Que me deixe dormir em paz.