O Pior Poema

Quantos olhares tivemos

mutantes na linha do tempo

como folhas levadas

como folhas colhidas

voando ao sabor do vento

Espelho de minha alma

brilho que vai e vem

se depedindo nas horas

como se dissesse adeus

Negros olhos que sou

nesse inverno que se demora

Inverno que cobre o corpo

Inverno em minha alma

Nos instantes que passam

denunciam quem sou

Arte das cores que se foram

Tela de sonhos adormecidos

Nesse olhar se deita o silêncio

Embalando o monumento do medo

Feito de pedras e caos

na carne, nas entranhas, no

que de mim restou

Quem é, quem fui, o que sou?

Pares de olhos negros, opacos

inanimados, vencidos

Que há muito ja se despediram

Simone Stone
Enviado por Simone Stone em 24/10/2013
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