Hipnose

A chuva aumenta sua intensidade.

O indigente de pés descalços,

Acompanha a água na sarjeta.

A fina Flor da senhorita

Evita as poças de lodo.

Como se estás fossem do povo.

Os objetos Humanos,

Escondem sua neurose

Em baixo de um guarda chuvas.

Os executivos caminham apressados,

Com a valise sobre as cabeças.

Um lugar bastante apropriado.

O operário após o toque,

Corre apressado.

Não vê chuva, não vê sol.

Não suas mãos um pão de água em água.

Em seus pés botinas do patrão.

No seu corpo o suor, o uniforme branco,

O único ônus doado.

Nos seus olhos, a parada de ônibus.

Na sua mente, um sanduíche e café quente.