ANCOREI PARTINDO
Na ausência de quem não veio
Vejo-me remexendo as páginas
A altura, as horas me correm também aqui
Ela com asas nos pés, enquanto eu me arrasto
Truquei vagando em minha lentidão
Sem sondar o valor, o peso delas
Cada uma com as suas armas
Hora e horas levando, minuto minando
Segundos seculando
E eu esquivando-me...
"Nos Labirintos assombravam os zumbidos
A voz embargada latejava palpites inaudíveis
Um peito sem prumo, sono a deriva"
Assistia o navegante desolado em seus ditos
Em sua truculência social ao desassossego...
Até que sucumbiu...
“Eu que o digo na percepção de MIM”.
Não me viu ancorada enquanto o assistia
Festejando o teu porto seguro
Seu Reinado Dourado Cor de banana...
A minha bagagem tinha o peso dos mundos!
E as horas haviam partido a meio tempo atrás
Não chorei nem sorri...
Olhei para Santa, peguei meu farol joguei no bolso
E mares adentram...
Banho é bom. Com Deus Maria...