É chegado o momento de dizer adeus

O relógio que girava em sentido contrário

Resolveu parar.

Estrelas que me iluminavam,

Deixaram de brilhar,

Talvez para sempre...

Preciso de um tempo,

Um lugar para respirar.

Depois de muitos anos,

Resolvi abrir o coração

Na intenção de deixar o vento levar

Todos os desalentos que me constituem...

É direito do ser humano

Querer mudar.

Vou entrar nessa “aventura”

Com total insegurança,

Mas vou arriscar!

Vou trocar a escuridão pelo vazio.

Poderá ser um bom negócio,

Pois a partir de hoje

Poderei enxergar o chão que piso.

Depois de tanto chorar por estrelas,

Senti o quanto meus olhos estavam cansados,

Senti o quanto meu coração estava debilitado...

Agora por questões de sobrevivência

Preciso dizer adeus...

Minha sombra segue silenciada,

Sente vergonha das inseguranças,

Medos e fracassos que carrega...

Com isso conclui que não passo

De uma criatura pensante,

Amedrontada, desnorteada...

Após a leitura desse texto,

Muitos vão concluir

Que sou louca, revoltada,

Ou simplesmente alguém

Que na falta do que fazer

Rouba os espaços em branco

De uma folha qualquer...

Outros que se identificarão,

Ou ao menos compreenderão

O verdadeiro significado dessas palavras

E também dos espaços

Existentes entre elas...

Fiquei perdida entre essas palavras,

Mas antes de me perder

Descobri algo lamentável:

O tempo que une

É o mesmo que afasta.

A presença que um dia me fez sorrir

É a mesma que hoje me força a escrever e chorar...

LPN
Enviado por LPN em 15/11/2013
Código do texto: T4571265
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.