das perdas...

há um tanto de horas

onde as flores não abrem-se

onde só pétalas secas

riscam o agora

numa síncope dos olhos

um tempo suspenso, cala-se,

e a espera sem ida ou volta

suspira em um único nome

perdem-se passado e presente

na linha tênue desse hoje tão oco

numa primavera que só existe

tão distante e lá fora...

e vem o cheiro

e vem o gosto

nessa saudade

sem toques...

há um tanto de horas

onde um estéril silêncio conspira

com quem já foi embora

Almma
Enviado por Almma em 15/11/2013
Código do texto: T4572144
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