Poema Inacabado
 
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Meu poema inacabado tem as nuance de mim
Tem meu cheiro, meu sabor, minha cor e sentimento
Eu em  infinitudes de ser...
É flor desabrochando na epiderme da alma
Não é acácia, rosa, hortênsia ou jasmim

É girassol buscando sempre no céu
Vestígios do astro rei derretendo-se no extremo mar,
No fundo de um olhar,
Nas bordas da emoção...


Pérola negra sofrivelmente forjada
Nos recôncavos do coração

Os  tons do amor no íntimo mais profundo do peito
Ora forte e fremente com o ímpeto d'um vulcão

Ora suave, singelo, como água de nascente
Despertando-se transparente do íntimo do chão

Pigmentado de paixão, amorenado ao sol dos desejos

Iluminado na euforia de amar e ser amado...

Sou eu esta mulher  quase etérea
Um tanto séria, um tanto feliz.
Vestida apenas por seus versos
Que livres, leves e soltos

Correm pelo branco do universo
Descalços, serelepes, nas dunas brancas do tempo

Na aridez do deserto, no verde pasto da esperança
É criança no ventre materno esperando a hora do parto

E quando parte, leva nas asas mil sonhos,
No rosto, suas mil faces

E não termina na curva do vento
Nem no final da última linha...
É sinestesia de pensamento
Consumação de alquimia.


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Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 28/11/2013
Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 28/11/2013
Reeditado em 30/11/2013
Código do texto: T4590597
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