Diário de Adeus

A chuva molha seus lábios,

Passeia de várias formas...

O coração acelera

E eu tenho a sensação de medo...

Finjo me carregar de coragem,

Mas o meu teatro não convence ninguém.

Fecho os olhos.

Entro em mim.

Tampo os ouvidos.

Sinto só a canção da minha alma.

Piso no chão com cuidado

E enxergo vários caminhos.

Eu nem olho pra trás,

Sei das sortes que virão.

Gosto de viver esse tipo de surpresa:

Perceber a presença do novo.

Já me acostumei com as despedidas;

Cresço cada vez que escrevo no meu "diário de adeus".

Deito o meu corpo,

Apoio à cerveja sobre a mesa de centro.

Sinto, sinistramente, a alucinação

E cochilo sobre o transtorno da minha percepção...

Rômulo Sousa
Enviado por Rômulo Sousa em 09/12/2013
Reeditado em 24/03/2014
Código do texto: T4604469
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