Deixo-me ir...

Deixo-me ir, não sou vilã, nem heroína.
Quebro a rotina, sou tão mulher, sou tão menina.
Não tenho asas, tenho apenas imaginação.
Se tenho medo, faço segredo. Camaleão.

Roubo do dia alguns minutos só pra sonhar.
Subo a montanha grito apenas pra ecoar.
Vou à campina ver se alcanço o horizonte.
Pés no riacho. Sinto cansaço, anseio a fonte.

Deixo-me ir. Não vim aqui para ficar.
Em qualquer dia meu anjo volta, vem me buscar.
Não tente então compreender minha razão.
Não tenho idade. Sou como o vento. Sem direção.
Edamaria
Enviado por Edamaria em 20/12/2013
Reeditado em 21/12/2013
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