À beira do buraco negro

No deserto estou rodeado de homens

Na multidão estou só

No espelho não me vejo

Com os olhos vazados verei a mim mesmo e aos outros homens

Se estou vivo nada sei da morte

Se morrer? Somente com a morte me libertarei do outro

Quebrei relógios como quebrei espelhos

Serei sempre o afogado à beira do buraco negro