[Perplexidade]

[Para alguém de outro tempo]

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Essa tua fotografia

me viaja longamente...

Tens a graça,

a beleza da flor

que mal se abriu

na madrugada...

Vejo-te... és bela,

és promessa de amor,

um amor tenro, pleno,

que nunca será meu!

Olho as minhas mãos,

e paro... tenho nos olhos

cansados a falsa sensação

de um tempo estacionado

nessa muda contemplação

da tua fotografia sensual!

Amanhece... vem o dia,

e é cedo, muito cedo

para eu pensar em morte;

quedo-me na perplexidade

do inconformado da sorte:

és apenas uma fotografia... e só!

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[Ilhabela, 02 de janeiro de 2014 - às 06:36]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 10/01/2014
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