Letárgica tarde

E vagarosamente,

Se vai a letárgica tarde.

Letárgica, preguiçosa, indolente...

(Bem me ensinou o Aurélio.)

O certo é que, diferente da tarde,

Distribuo a inércia por entre meus iguais,

Ou aqueles que muito se assemelham a mim.

Grão por grão, me sinto cada vez mais cheio,

Ao contrário de mais diminuto.

Vai, tarde lisonjeira,

(um pouco tristonha também)

Cavalga para outras terras,

E não tenhas remorso,

Não verta lágrima, ao teu rastro negro deixar.

Pois belo é o entardecer que me anuncia a escuridão,

Mas mais belas são as estrelas que adornam.

Souza Rafael
Enviado por Souza Rafael em 25/01/2014
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