Solitude
Ouço o sibilo
Gelado nas folhas
Amanhece aqui na capital.
Escuto o silêncio
E o miado dos gatos,
Olho para as antenas
& para a copa
das árvores.
Sábias, bem-te-vis gorjeiam,
Pensei por um breve instante,
Em ti,
“Minha Polaca”.
O que sinto?
Percebo que me achei
Em mim mesmo.
Serenidade atingi
Mais um trago nas cinzas,
Mais um “tapa na pantera”,
Mais um gole de vodca
Direto do gargalo.
Amanhece na capital.
Me parece mais um dia nublado.
Ninguém me faz falta.
Nostalgia de nada.
O quê não vivi?
Será solitude?
Ainda não morri?
Curitiba, 26 de janeiro de 2014, 18 graus célsius, Verão.