AMOR versus MORTE
Velas acesas exalando canela
Iluminam o quarto preparado com amor
Corpos semi-nus se agasalham
A lua muito curiosa se põe a expiar pela janela
A música embala a paixão
Tudo perfeito, mágica no ar.
Na rua o ódio está a espreitar
Gritos, cães a uivar... tiros.
A roda viva da vida continua...
Eis que num segundo inesperado
O ápice do amor e o sangue escorrendo pela boca
Fazem eclipse e escondem a vida
Que não volta...
Bala perdida!
Carmen Rubira – Fevereiro, 2007.