Na Rua
Sigo, com passos firmes, minha pele faz o ele entre meu corpo e o espaço. Paro, querendo pedir que todos parem, sempre tem um abismo, mas cada um ocupa seu espaço sem muita atenção. Depois volto, o homem alto, muito sujo de cabelos em desalinhos, na banca de revista lendo o jornal, não é uma miragem. A mim nada me surpreende. Entro no cemitério e às sepulturas majestosas e outras menores, ocupam espaços estendendo o nosso metro quadrado.
Uma senhora passa gesticulando, suas mãos cortam o vento no novo espaço.
O meu amigo não dorme, fomos atravessar a cidade para o aeroporto, livros a nossa vista. Muitos carros de todas cores e motos querendo o mesmo lugar. O trânsito não é um circo, o motorista não poder ser mais que o malabarista.
Olha esperamos uma hora, o cheiro do papel, foi uma loucura.
Ficam as letras e nada mais resta.
Varenka de Fátima Araújo.