Na Rua

Sigo, com passos firmes, minha pele faz o ele entre meu corpo e o espaço. Paro, querendo pedir que todos parem, sempre tem um abismo, mas cada um ocupa seu espaço sem muita atenção. Depois volto, o homem alto, muito sujo de cabelos em desalinhos, na banca de revista lendo o jornal, não é uma miragem. A mim nada me surpreende. Entro no cemitério e às sepulturas majestosas e outras menores, ocupam espaços estendendo o nosso metro quadrado.

Uma senhora passa gesticulando, suas mãos cortam o vento no novo espaço.

O meu amigo não dorme, fomos atravessar a cidade para o aeroporto, livros a nossa vista. Muitos carros de todas cores e motos querendo o mesmo lugar. O trânsito não é um circo, o motorista não poder ser mais que o malabarista.

Olha esperamos uma hora, o cheiro do papel, foi uma loucura.

Ficam as letras e nada mais resta.

Varenka de Fátima Araújo.

Varenka de Fátima
Enviado por Varenka de Fátima em 14/02/2014
Código do texto: T4691596
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