O espaço da praça

Eis um banco, no improviso uma tabua quebrada

Sorri como estivesse em Brasacolina

Afronta o homem com sua voz:

Olá ruiva aqui só tem loucos

Sim, na verdade sou ruiva

Me sinto estrangeira na cidade do carnaval

Rasgando o sol com nuvens vermelhas, fogacho

E um tal mendigo sedente por dinheiro

Sacode a mão cheia de moedas

Tinha sido nobre , perdeu o título

Os jovens passam, não sabem da sua força

Das mãos enrugadas de um casal de idade avançada

Aí vai, ela com carinho, ele envergonhado

O estranho é o contraste da mocidade

Mas eu penso, um dia serei velha.

Varenka de Fátima Araújo.

Varenka de Fátima
Enviado por Varenka de Fátima em 18/02/2014
Código do texto: T4696852
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