TERRA

Nunca tive asas para voar alto e vê-la lá do cume.

Nunca fui uma estrela que pisca para ti, a ponto de chamar sua atenção.

Nunca fui os raios do sol para fazer-te ter vida e, nem a lua de suas noites.

Nunca fui o Deus que te desenhou, apenas, filho do que te criou.

Sou apenas um homem que vivo em ti.

Nunca fui a chuva das manhãs há te banhar.

Nunca fui o vento que desliza sobre tua face.

Nunca fui a gravidade que deixa tudo em ti sempre quietinho no mesmo lugar.

Nunca fui um pássaro de canto suave, a fim de fazer você dormir durante as tardes.

Sou apenas um homem que vivo em ti.

Nunca fui as gotas de suas lágrimas, mas pude ser o motivo de fazê-las cair.

Nunca fui um anjo para salvar-te das atrocidade do homem.

Nunca fui o ponto mais alto, a fim de anunciar o tanto que estas ferida.

Sou apenas um homem que vivo em ti.

Nunca tive em mãos, o poder de curar teus buracos.

Nunca fui o frio nos meses de calor e, nem o calor nos dias de frio.

Nunca fui tuas nascentes.

Nunca fui teu puro ar, teu céu azul e, nem teu céu estrelado.

Fui apenas um homem que e vivi em ti.

Apenas um homem que vivia em ti.

Daniel Ferrazz
Enviado por Daniel Ferrazz em 19/02/2014
Reeditado em 19/02/2014
Código do texto: T4698474
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