Pincéis alados sob o céu das palhetas

Asas negras, tinta para telas mórbidas

Das profundezas, pintores de todo esboço

Asas negras borboletas sórdidas

soltas das grades de um calabouço

Rapinas com garras quase sódicas

Que expostas como o membro de um moço

Desenham em sangue com penas módicas

Molduras das trevas: almas do fosso

Em voos rasos negras borboletas

São lançadas como que por catapultas

Pincéis alados sob o céu das palhetas!

Wellington Berdusco
Enviado por Wellington Berdusco em 22/02/2014
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