Mazela familiar

Sempre fui marginal

E como a cal

Manchei o que determina a prole

Quando pequeno ouvia

Em casa

Insultos forjados.

Muitos profetizavam

O esquerdismo de minha vida.

Muitas preces pelos cantos ecoavam

Para eu me ajeitar:

Manco, muitos me viam

E sempre saí mal

No retrato do álbum de família.

Hoje sou para eles poeta.

Poeta é artista,

Podendo se despir dos onomásticos

E fluir do breu à luz.

Disperso continuo à margem

Construindo minha história.

Fábio Stoffels
Enviado por Fábio Stoffels em 01/05/2007
Código do texto: T470989