reencontro

Quando a poesia me encontrou

Ainda menina de alma virginal

Eu era só um balbuciar de inocência

Que passeava entre as mal traçadas linhas

De minha insólita vida pueril...

Ela, a poesia, roubou-me um beijo

E com a tinta da pena, então me seduziu.

Acendeu em mim o desejo vestido em versos

Alguns controversos, outros em euforia

A poesia despertou minha libido

Fez meu coração romântico abduzido,

Sempre enluarado a cultivar o amor nos jardins da lua

E amar vários amores nas fases tão suas

Sonhar e construir difusas ilusões

Em torres acasteladas de magia.

A poesia, por fim me vicia

E me abandona na sargeta da sinestesia

Metáfora do que era meu eu lá no passado

Procuro-me nas esquinas de minha alegoria

Reencontro no leito de lascivos versos

Filha de Gaia a Eros prostituída...

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 22/03/2014
Reeditado em 05/04/2014
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