Outono!

No banco gélido da praça, (*Texto de Elenite Araujo).

Passa a tarde, implorando um calor que já se foi.

O tempo vem em um vento cortante, saudade da vida distante

Da luz, do Sol... Os pássaros que outrora cantavam, recolheram-se.

As folhas caem a contragosto, como quem morre antes do seu tempo.

Nunca é tempo apropriado para a morte, mas sabemos que ela virá Implacável como vem o outono, essa estação cinza e triste.

Anunciando um tempo sem luz, onde a vida anseia dormir.

Quem dera a vida de fato hibernasse e acordasse na primavera.

Quem dera sempre fosse primavera!

E os pássaros nunca se recolhessem, a luz nunca fosse escassa,

E as flores sempre explodissem em cor e aroma, exibindo a vida!

Mas a Terra gira para que todos os habitantes do planeta usufruam das

Estações, os ciclos precisam ser concluídos...

Mesmo essas tristes tardes outonais são necessárias

Como goles confortantes de um delicioso chocolate quente

Para os que podem dele usufruir.

Para mim, um chá. Sem açúcar, por favor.

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 23/03/2014
Código do texto: T4740882
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.