A morte tem cheiro de rosas tristes
como o lamento do moribundo
de olhar vítreo, quase inerte
naquele corpo esquálido
de pouca massa, rugosa, disforme...

Morrer
é quando a pele vira pergaminho
adquirindo beleza surreal
no ton sur ton, cinza frio
que se funde ao gélido mármore
da tumba mortuária
do teu jazigo... 

Morrer
enquanto cerimônia fúnebre
nos torna astro principal
observado por olhos de esgueio
em visão mortiça
nos respingos de água benta
na compaixão da entrega
com direito a flores e velas...
Sobre a mesa!




 
Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 24/03/2014
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