À Margem

Filhos, filhas - seus pais estão mortos.

Pai, mãe - seus filhos estão mortos.

Irmãos - suas irmãs estão mortas.

Irmãs - seus irmãos estão mortos.

Amigo - seus amigos estão mortos.

Amigos - seu amigo está morto.

Todos enterrados

À margem do lago do conhecimento.

Estão todos sepultados

Em meio ao que é curioso.

Morreram de sede infinita,

e de fome ainda maior.

Pobres mortais, eu e você!

De repente o coração pode parar,

e você se torna parte desse número!

Todo ser que nasce - tem sombra,

e a morte é certa.

A terra gira em torno de si, nós sentimos!

O amor e o ódio, e algo inexplicável;

O feio e o belo, e algo inexplicável;

O jovem e o velho, e algo inexplicável;

O homem e a mulher, e algo inexplicável;

Você e eu e algo inexplicável.

Sinto-me só!

Irei cultivar peixes para que eles me adorem,

E á noite podermos conversar:

As coisas que não sei, e sobre tudo que não entendo;

Eu quero lhe falar, Escute -

O pulsar do coração, o som, o trovão!

Eu quero lhe mostrar, assista -

O céu, a si mesmo, o mar!

Sim, há lágrimas e sangue.

Isso, talvez seja importante

Para que se descubra um mundo suspenso

E que você está vivo.

O amor é o esconderijo da eternidade,

Não tenha medo, vamos nos amar.

Aúslo del Jimeno
Enviado por Aúslo del Jimeno em 01/04/2014
Reeditado em 01/04/2014
Código do texto: T4751768
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.