TRONCO VELHO
Tronco velho...
Árvore morta,
Abrigaram-se em teus galhos lindos pássaros
Tua sombra tão frondosa
Refrescou o fogo dos amantes
Que te deixavam cicatrizes
Em forma de coração
Tantas flechas do cupido
Que acabaram com tua seiva
Esvaíste pouco a pouco...
Seca, não tens mais folhas
E ninguém mais ergue-lhe o olhar...
Eis que um lenhador ali surge
Com machado afiado tira-te do chão
E com mãos encantadas
Faz de ti uma bela cama torneada
Pois é Tronco Velho segues no teu destino
Acolher os amantes.
Carmen Rubira – Maio, 2007.