Carecer sem saber de que
Qual a força que move o mundo?
Que força estranha é essa, que nos contos nos contam que basta querer?
E na hora que se carece
Do sol, do calor
Do frio e chuva
Eles fizeram a volta e estão do outro lado do mundo
Quando se carece do ombro
o amigo não responde,
e não há um ser vivente ao alcance
capaz de ouvir e dizer
O que a gente, na hora, precisa ver
Força vil, que riu de mim!
Precisei da chuva pra dar vida as flores
E pra matar a minha sede de serenidade,
Precisei do sol
Pra aquecer meu coração
E dar brilho aos meus olhos.
Mesmo que atravéz de reflexos.
A força que move o mundo move-se ao contrário,
Ao contrario do desejo e da necessidade
de cada necessitado
Quando a chuva não veio
Não cortei mais flores
E a serenidade apareceu através de amores
Quando o sol sumiu
Um abraço quente surgiu
E com tintas brilhantes coloriu os meus olhos novamente
A força que move o mundo me enganou
Quando me deixou pensar
Que minha vontade deveria movê-la,
quando, na verdade
Ela que me movia
De acordo com o que queria.