Mãos acolhedoras

Minhas pobres mãos envelhecidas,

Tal e qual uma planta rugosa.

Nos seus sulcos mora um santo,

Infante nascido em palha sedosa.

Mãos que aplaudem comovidas

Recitais em palácios dourados

Mãos que abrigam,tu duvidas?

...

Acaricio o canto à minha janela!

Mãos que plantaram em terra plana,

O sonho da mulher dividida.

O ocaso da vida,pouca luz ilumina!

Em minhas mãos,minha cabeça

não posso pousar.

Minhas benditas mãos

Que acolhem meu pranto...

Noemi de Carvalho Moura
Enviado por Noemi de Carvalho Moura em 24/04/2014
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