“Quando os raios desenfeixa
o sol e as luzes derrama:
o caboclo logo deixa
a cama.
Quando o sol, do alto, orgulhoso,
as luzes na roça espalha:
o caboclo, vagaroso,
trabalha.
Quando a pino o sol atira
seus raios, sob uma frança,
deitado o nosso caipira
descansa.
E quando no poente rola
o bom sol, depois da janta,
ponteia o caboclo a viola
e canta”.
o sol e as luzes derrama:
o caboclo logo deixa
a cama.
Quando o sol, do alto, orgulhoso,
as luzes na roça espalha:
o caboclo, vagaroso,
trabalha.
Quando a pino o sol atira
seus raios, sob uma frança,
deitado o nosso caipira
descansa.
E quando no poente rola
o bom sol, depois da janta,
ponteia o caboclo a viola
e canta”.
O Sol e o Caboclo de Cornélio Pires
Quando esse caboclo declama
A lua menina é quem chora
A morena quem ele diz que ama,
adora.
Quando a luz na noite se espalha
Brilham os olhos da menina
O caboclo sabe que a lua não falha,
ilumina.
Devagarinho a lua se recolhe
E leva embora a moça bonita
Um verso o caboclo escolhe
e recita,
Um pouco mais ela fica.
A lua menina é quem chora
A morena quem ele diz que ama,
adora.
Quando a luz na noite se espalha
Brilham os olhos da menina
O caboclo sabe que a lua não falha,
ilumina.
Devagarinho a lua se recolhe
E leva embora a moça bonita
Um verso o caboclo escolhe
e recita,
Um pouco mais ela fica.
Corumbá - MS 28/04/2014 - 22:15