O tempo

Rapidamente, nos varrerá os sonhos e apagará o desejo

O tempo não se dá

Ele apenas toma!

Mas as células fremem e gritam

Enquanto as almas se tocam na bruma da existência

Onde os seres se dissolvem na angústia

A vida é tão breve

E o devir... só nos apavora

Então vem brisa suave que o tempo enebria

Vem, mas não demora

Celebremos um pacto de ar e amor

No sopro suave da vida

Seja divino o desejo que nos une

Profano tudo aquilo que nos separa

Em suaves brisas esvoacemos nossos sonhos

Por sobre o azul do mar

Até o derradeiro lampejo

Da última estrela *