NOITES ESCURAS!

Faz-se em cascatas dos teus olhos rasos,

Lágrimas em pérolas fios em prata,

E há, do queixume tal querer em cacos,

Tesouro perdido em triste sonata.

Maldito o choro que faz sulco em face,

Da força do amor esculpe o segredo,

Das horas fiéis em sombra ultrapasse,

Martírio de dor em nós o degredo,

Crepúsculo de dias meus enfadonhos,

Quando de ti me perco em desencantos,

Que rouba em meus lábios traços risonhos,

E tece armadilhas em desventuras...

Ah! Dor que fere sem dó e sem trégua...

Vai-se a minh’alma por noites escuras!

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 29/04/2014
Reeditado em 17/05/2021
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