DEIXANDO A MORTE DE LADO
Para quem vive pensando
Ir do mundo, sem morrer
Eis aqui alguns conselhos
Que poderá lhe valer
Entretanto eu alerto
Que somente no deserto
Podes a morte entreter
Num lugar onde a areia
Forma dunas pelo vento
A poeira arenosa
É pra vida um contratempo
No pensar de um poeta
Nem a morte ali acerta
Sua vítima a contento!
Todavia há sofrimento
E intensa aventura
Pois o deserto é seco
Sem água em sua estrutura
E quando a sede aperta
O desespero se acerca
Para fazer ruptura
Até a morte se vai
Pra longe de tal evento
Ela não se preocupa
Com ninguém em sofrimento
É o momento então
De escapar de sua mão
Pra seguir deserto adentro
Vá um esforço fazendo
*Andando na areia quente
Até chegar em um ponto
Onde descansa o valente
Ali a morte não vai
Pois caminho dali, só sai
Entrada é inexistente!
Quem ler esta *analécta
De versos metrificados
Vai descobrir a maneira
Da morte, ser liberado
E vai saber que o deserto
É um caminho aberto
Pra morte FICAR DE LADO!
(*escrita rara)
(texto também no Google social)