MENTE PERDIDA
Não me procures nas ruas
Nos becos, nem nas vielas
Não estou dobrando a esquina,
Nem cruzando passarelas,
Não estou assim tão longe
Perdido na multidão
Não me chames da janela,
Na luz ou na escuridão
Estou bem aqui ao teu lado
Em pé, sentado ou deitado
Pegando em tua mão
Olhando, ouvindo, calado.
Sou eu quem veste tuas roupas
Calça teus velhos sapatos
Olha-te curioso no espelho.
Eu fico até chateado!
Não notas minha presença…
Mesmo ao me procurar?
Será que não tens consciência
Da mente que aqui está?