Máscaras

Usamos máscaras.

Malditas máscaras!

Invólucros que nos impõem.

Máscaras bizarras.

Cártulas que não deixa

sermos aquilo que somos:

humanos que sentem e pensam.

Máscaras de gaze.

Máscaras que passivamente

deixamos nos colocar

para fazermos parte desta

comédia que castra e pune.

Máscaras que sufocam.

Que machucam.

Que impedem de vivermos

vida própria.

Máscaras malditas.

Mortais máscaras.

Leonardo Lisbôa

Barbacena, agosto de 1999.

Caderno Transmutação

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 20/05/2014
Reeditado em 11/11/2015
Código do texto: T4813484
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