RECOMEÇO

Não é sempre que me inspiro carregando uma rosinha

Mas nela eu toco fremente me ferindo com os espinhos

Preciso sentir algo sim, nem que seja permitindo

Que um portal se abra e me sugue para o inferno

E me cuspa ainda ardendo nestas chamas do eterno

Queima o corpo, queima a alma e o pedaço de papel

Onde escrevi um bilhete pedindo a Papai Noel

Que nunca, never nesta vida me tirasse a liberdade

De ser eu, a verdadeira, independente da idade

Quase sempre busco o dia, na noite eterna, sem saída

Onde exclamo e interrogo, perscruto qualquer medida

O que é certo, o errado, se há mesmo isso ou aquilo

Fecho os olhos, já é dia, começa de novo a vida.

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 23/05/2014
Código do texto: T4816708
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.