Efêmera

Meu corpo!

Teu corpo!

Às sós!

Admiramos o rosto complexo

A temeridade da fraqueza humana

Avistamos as janelas abertas da alma

Convertidas no espelho prognóstico

Imagem preta e branca.

Sei que somos do pó da ciência um ser errante

Mas tenho a honra nata em lhe dizer coisas raras

Proponho o verso harmonioso

Na bela imagem do medo

Contra a ideia que temos da utopia dos ventos

Pois notemos que nossas intenções quanto ao que nos restou

Foi uma parte da dúvida que outrora carregamos.

Metafísica do desejo

Forma genuína de que a morte é a duplicação

Entre o bem e o mal

Nossos momentos são tão raros, rápidos, catalíticos

Estás sentada e conversas comigo

Estás me ouvindo, talvez me procurando no silêncio

Estás sentada e não vês que teus sonhos lhe agridem

Enquanto que tua pele é um muro que separa o desejo da razão.

De fato, não aproveitei ao máximo o som da tua voz

O vento que a pouco bagunçou com teu cabelo

Teu sorriso meio torto de confirmação serena

Reflexo da imagem dos teus olhos

Que por dentro dos meus olhos, se tornou efêmera.

(Autor: Carlos André)

Carlos André Alves
Enviado por Carlos André Alves em 30/05/2014
Código do texto: T4825714
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