Ou isso, ou aquilo
Ou deixo a vida fazer de mim o que quiser
ou desperto de uma vez deste sonho
e desenrolo de vez o meu destino...
Ou saio por aí, cantando...
violeira das manhãs despreocupadas
ou fico presa ao lugar em que nasci
emudecida pela resignação.
Ou caminho sempre com os mesmos passos
em direção ao rotineiro hábito
ou perco-me no primeiro atalho
buscando as pedras que ainda não conheci.
Ou fecho os olhos de preguiça e medo,
negando-me a enxergar uma estrela a mais.
Ou recupero minha visão perdida
ousando enfrentar as trevas sem estrela alguma.
Ou abandono-te com desprezo e indiferença
pulverizando a tua imagem desprezível
Ou venho resgatar, entre os destroços
esse tua alma que desconfio presa nos entulhos.
Ou tomo as tuas mãos, desafiando os prepotentes
e guio-te pela nova senda com meu novo olhar.
Ou deixo-te repetir as mesmas histórias,
todas essas que agora abandono, sem voltar.