Ou isso, ou aquilo

Ou deixo a vida fazer de mim o que quiser

ou desperto de uma vez deste sonho

e desenrolo de vez o meu destino...

Ou saio por aí, cantando...

violeira das manhãs despreocupadas

ou fico presa ao lugar em que nasci

emudecida pela resignação.

Ou caminho sempre com os mesmos passos

em direção ao rotineiro hábito

ou perco-me no primeiro atalho

buscando as pedras que ainda não conheci.

Ou fecho os olhos de preguiça e medo,

negando-me a enxergar uma estrela a mais.

Ou recupero minha visão perdida

ousando enfrentar as trevas sem estrela alguma.

Ou abandono-te com desprezo e indiferença

pulverizando a tua imagem desprezível

Ou venho resgatar, entre os destroços

esse tua alma que desconfio presa nos entulhos.

Ou tomo as tuas mãos, desafiando os prepotentes

e guio-te pela nova senda com meu novo olhar.

Ou deixo-te repetir as mesmas histórias,

todas essas que agora abandono, sem voltar.

Mareluz
Enviado por Mareluz em 04/06/2014
Reeditado em 04/06/2014
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