AQUELAS ONDAS

E aquelas ondas que meus pés tocaram,

no imenso silêncio do rugido do mar,

e elas, lá debaixo, para mim olharam,

me diziam que eu ,de novo, poderia amar.

Eu as contei quando vinham quebrando,

se dividiam em sete, oito, nove partes,

quando voltavam inteiras, rolando,

retornavam todas elas para o mar,

eram infindas, as musas das artes.

E eu, sozinho, na noite, pela praia,

cismando, quando me viria a morte,

a natureza me impondo tocaia,

eram os céus, estrelas, a lua e a sorte,

me transformando em um atalaia.

Lancei minha voz para o mar, clamando,

pelo nome que ainda eu não conhecia,

então o mar, como ouvindo o comando,

levou a mensagem como cortesia.

Então me ouvia os ouvidos dela,

em um lugar infinitamente remoto,

a minha voz bateu em sua janela,

e a sacudiu como um terremoto.

Eu, em Ashdod, ela, em Sete Lagoas,

nos conectamos, por nossas almas,

em nossas cabeças, puseram coroas,

e recebidos fomos entre palmas.

Este mundo, que de amor, não entende,

tão leigo na arte de amar uma mulher,

tão egoísta, só seu prazer defende,

e faz somente aquilo que ele quer.

Não sabem que esta mundana vida,

perde por não buscar sabedoria,

pois o amor, só encontra guarida,

quando o bem tiver autonomia.

Nós aprendemos da vida, o sentido,

que só vencemos com boa tolerância,

e foi por isso que levamos contido,

o sofrimento vivido na infância.

Mas, almas gêmeas, nós dois somos,

o meu amor é teu, e o teu é meu,

e aqueles belos e dourados pomos,

que ansiávamos, D´us já nos deu.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 06/06/2014
Reeditado em 08/07/2015
Código do texto: T4835239
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